Ana Elisa, ciente de seu papel enquanto artista na contemporaneidade, propõe deixar seus registros e experiências mais como questionamentos do que respostas prontas.
Em uma época em que as ações depredatórias da humanidade beiram o ponto irreversível, a singela e não menos importante atitude da artista poderia ser considerada como a de uma artista/ativista alinhada às questões ambientais que sublinha a importância da conscientização e ressignificação dos materiais
Paradoxalmente, ao ressuscitar a matéria bruta – a pedra enterrada – trazendo-a à luz em forma de pigmento, essa operacionalização acarreta em uma ação ambígua: a desconstrução torna-se também uma construção.
De maneira análoga a essa interpretação e sob a ótica da política da sustentabilidade proposta pelos “5R’s”, ou seja, repensar, recusar, reduzir, reutilizar e reciclar; as obras de Ana Elisa se inserem em outro contexto trazendo, portanto, outra camada de significado.
A artista, antes de mais nada, indaga a si mesma e a todos nós como ou através de que podemos ressignificar nossas ações em prol do meio ambiente.